sexta-feira, 2 de abril de 2010

No meio da tempestade, uma chuva

A chuva pinga em meus olhos já úmidos e respinga em meus peitos passando meus sentimentos por onde passo. Eu já esperava por isso, já tinha algo em mente. Mas nada foi tão real quanto a isso, como algo abstrato tomar uma forma, e em mim se juntou. Eu já tomei várias formas, mas esta não me seduz. E se seduz, eu não estou pronta, eu posso me apagar de vez ou resurgir, mas eu não posso continuar simplesmente, não posso seguir em frente sem saber o que fazer. Ou melhor, sem sentir. Sou humana, mas eu não quero o ser.
Estou aqui, eu já andei milhas em meus pensamentos. E aparece do nada o mesmo lugar que já passei. Então eu regredi? ou eu nunca saí do nada?
Eu preciso de alguém. De alguém...

4 comentários:

Nathália Marcelino Vieira disse...

Eu te garanto, tudo passa... E como dizia Oscar Wilde, o sofrimento é o q mais no ensina. :]

Nathália Marcelino Vieira disse...

Eu te garanto, tudo passa... E como dizia Oscar Wilde, o sofrimento é o q mais no ensina. :]

Caroline disse...

"Eu preciso de alguem. De alguém..."

com certeza, seu texto ficou el fodelao!

Mura disse...

Tem horas que a nossa estrutura está tão podre e fraca que somente derrubando tudo é que se pode erguer de novo. E quanto aos caminhos da vida, nunca saímos pra muito longe de onde já estávamos, se passamos pelo mesmo lugar é porque aquele lugar somos nós. Me disseram: "Só existem duas narrativas: a do homem que sai de casa e a do homem que volta pra casa".
Se gostar de ler, procure "Perto do Coração Selvagem", Clarice Lispector. Acho que tem a sua cara.