terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Indiferença

O que eu vejo? indiferença. O que eu sinto? indiferença. O que quero? diferença.
Sobre a última crônica da Lya Luft na revista Veja, ela soube descrever impecavelmente o que ocorre no mundo: stress; soube transmitir que o que matou o bebê no carro não foi o sol, não foram os vidros fechados, e sim o stress. Apenas o stress. E acontece a cada segundo, de várias formas, algumas visíveis enquanto outras passam subliminarmente entre vãos ocultos. Logo, para ser diferente, apenas precisamos sermos normais e calmos(?)
As pessoas "normais"(para não abaixar o nível) são estressadas; sem capacidade de pensar, de criticar; só pensam no mundo do consumo que os adultos tornaram uma necessidade diária; só conseguem ver o que se passa no próprio umbigo; precisam sempre de uma dose maior para se sentirem vivos. E é exatamente isso que nos faz perder a vontade de ver o que é belo, de contemplar o simples, de sentir a nostalgia e conseguir ter sentimentos bons.
Estamos criando crianças sem pensamentos, robóticas, infelizes, virtuais, superficiais, pequenas. Criando adultos para ocuparem cargos ótimos e destruirem o mundo. E ainda assim acreditam no "futuro da nação".
Precisamos pensar, criticar tudo, reagir, dar nossa atenção para coisas simples, precisamos parar de pedir coisas fúteis.
Precisamos urgentemente, mas quem consegue? Os fracos não tem mais vez nessa luta.
E assim nossa rotina continua. A vida é uma piada.

Um comentário:

Nathália Marcelino Vieira disse...

Ai ana, por isso q nos damos bem. Vc ve o mundo como eu vejo e vc fica tao triste qntu eu. A vida é uma piada, esse país é uma piada, a sociedade é uma piada! Isso me irrita! Mas como vc disse os fracos nao tem vez nessa luta, mas msm com dificuldade eu tento fazer a minha parte. Sabe eu nao posso mudar o mundo, mas posso mudar o meu ambiente, se todos fizessem isso, em conjunto, nós mudariamos o mundo. Mas, infelizmente, nao acontece.
"Estamos criando crianças sem pensamentos, robóticas, infelizes, virtuais, superficiais, pequenas. Criando adultos para ocuparem cargos ótimos e destruirem o mundo. E ainda assim acreditam no "futuro da nação"." - trecho perfeito, é exatamente o q essa sociedade faz. O meu maior medo é morrer antes de ter feito pelo menos as pessoas que eu amo entederem o pq de eu ser assim. Mas o problema é q eu nao sei realmente se eu consiguirei isso, pq até a pessoa q eu mais amei...
Ah, esquece. Mas é isso ai, eu estou com vc sempre !
Post bárbaro!